Um dia destes estava no metrô do Rio de Janeiro, era uma manhã quente e o vagão se encontrava lotado. Entre os passageiros estavam duas mulheres conversando, como se estivessem na sala de suas casas, uma falou pra outra:
- Eu estava parada no sinal de trânsito quando uma menina veio me pedir um trocado. Eu falei pra ela ir lá em casa lavar uma louça que eu dava o dinheiro pra ela. Não é que a menina virou as costas e foi embora.”
Assim ela contou sua estória, em voz alta, convicta que estava abafando, como se proferisse algo de muita sabedoria. Foi aí que um homem, encravado no meio da multidão apertada, resolveu entrar no assunto e retrucou:
- Se a menina concordasse em entrar no seu carro para lavar sua louça, a senhora ia colocar ela pra dentro e levar para sua casa?
A mulher, indignada com a intromissão, respondeu:
- A conversa ainda não chegou na cozinha!
Começou então uma vaia geral. Outro passageiro entrou na discussão:
- Falar é fácil, quero ver levar a menina pra casa
A plenária estava aberta. A viagem se tornou divertida e passou rapidinho.
Moral da estória: Quando você ouvir alguma baboseira e achar bonito, não saia por aí repetindo em voz alta no meio da multidão sem antes refletir. Corre o risco de aparecer alguém inesperadamente e destruir seu fraco argumento clichê. A vergonha será inevitável.
Muito bom Alex. Uma visão macro de uma situação mostra realmente quem veio para falar e quem veio para fazer algo de útil para a sociedade.
ResponderExcluirTem que contar as histórias do metrô de Brasília!
ResponderExcluirE explicar sobre os orcs!!!!!!!
ResponderExcluirShow!
ResponderExcluirGrande abraço, meu amigo!
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