Para surpresa minha a mulher tinha uma solução. Perguntou-me quanto eu podia dar, eu disse que um cruzado. Ela enfiou a mão na bolsa e me veio com um monte de moedas dizendo que podia trocar as 10 pratas. Bom, eu concordei, mas como não sou besta, pedi que ela me desse em notas, pois tinha um monte na bolsa dela e eu não ia ficar com o bolso pesado de níqueis. A mulher topou. Pedi uma nota de cinco e quatro de um como troco. Comentei com o Roberto que se a gente fosse bobo ela levaria as 10 pilas, pelo menos só levou uma. Foi uma boa ideia ela trocar o dinheiro.
Passado uns dias, viajava em meu ônibus, o infernal 260, quando a cena me veio à cabeça. A fixa caiu. Putz! Se a velhota tinha tanto dinheiro para trocar então... Eu era tão ingênuo quanto meu amigo Roberto, que também nem percebeu que havíamos sido enrolados pela tal senhora. A partir daquele dia me tornei cético quanto aos pedintes.