Quando eu era garoto, existia um quadro do Jô Soares na TV em que o protagonista resumia conversas longas e cheias de rodeios em uma só palavra que dizia tudo, sempre introduzida por "vou no popular". A idéia deste blog é ser claro nas opiniões. Vamos falar também de filmes, músicas, livros ou qualquer trabalho que valha a pena comentar.



sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Considerações religiosas, parte 2

Você que curte bobagens como teologia da prosperidade, quando conseguir comprar aquele golzinho velho não conte para todo mundo que foi Deus quem deu ele a você. Existem pessoas que nem acreditam em Deus e possuem Ferraris, BMWs e outros automóveis bem melhores. Não há coerência.

sábado, 17 de dezembro de 2011

Sergio Brito e Ítalo Rossi se encontram novamente

Outro dia viajava de avião e em uma trinca de bancos próximo a mim estavam sentados juntinhos Ítalo Rossi, Nathália Thimberg e Sérgio Brito. Na hora em que os vi pensei em ir até eles e no mínimo dar-lhes um aperto de mão por tudo que representavam para o teatro brasileiro, ou quem sabe uma foto com eles, mas nada fiz. Sabia que dificilmente teria outra oportunidade como aquela. Dos três simpáticos velhinhos, com todo carinho, só tenho a chance agora de encontrar aqui no planeta a Senhora Nathália.

domingo, 11 de dezembro de 2011

Faça sua própria música ruim

A música que domina a mídia hoje não é lá das muito boas, o que se ouve aqui em Brasília não é diferente, o povo aqui gosta de um som que é uma espécie de sertanejo mutante, mas tenho certeza de que o sertanejo verdadeiro é bem melhor. É como o pagode, característico do Rio, tem o bom, aquele que é praticamente uma crônica da favela, e tem aquele que chamo de pseudopagode, um tipo variante deformado, onde geralmente um monte de caras formam um bando para repetirem refrãos bestas em letras baratas embaladas por melodias ruins.
No final o pseudopagode, o sertanejo mutante, o axé, ou qualquer outra porcaria é tudo a mesma coisa, e o mais interessante é que qualquer um pode compor, se é que posso usar esta palavra. Se você tiver sorte pode até ganhar dinheiro cantando para incautos.
Para fazer o sertanejo deformado é bem simples, existem as frases certas para não haver erro. Selecione e escreva em pedacinhos de papel palavras como: amor, cama, paixão, namorado, traído, outra, outro, etc. Pode também usar frases prontas, por exemplo: fazer amor na cama, sei que você tem outro, sei que você tem um namorado, sou apaixonado por você, estou te traindo, ou qualquer besteira do gênero. Não pode fugir muito disso.
Depois faça um sorteio das palavras ou frases, na ordem que vier escreva sua letra, a música é o menos importante. Faça qualquer som e estará pronta sua canção. Cuidado para não cantar perto dos filhos pequenos, pois correm o risco de crescerem com a ideia de que serão cornos e sofredores quando se tornarem adultos.
Para criar seu pseudopagode ou axé é bom colocar algumas palavras como bunda, bundinha, calcinha, e por aí vai. Uma sugestão que pode pegar, por exemplo, é um refrão como este: “vem balançando a bundinha vem”, coloca uma música qualquer e repita exaustivas vezes, será sucesso com certeza e você não vai precisar gastar dinheiro para ter seu som ruim.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

O sexo oral e a bíblia

Certa vez houve uma reunião de evangélicos. Uma senhora, esposa do pastor, dirigia o assunto. Ela falava sobre certa mulher que estava muito atribulada, pois o marido sempre lhe pedia para receber sexo oral e ela não queria fazer. Com toda a certeza do mundo a dirigente olha para o publico e diz:

- E como nós sabemos que sexo oral é proibido na bíblia, imaginem o grande problema que a pobre mulher está sofrendo.

Bom, penso que para a maioria a bobagem entrou por um ouvido e saiu pelo outro, como um cheiro ruim que passa. Mas uma moça resolveu aprofundar a questão e perguntou determinada onde isso estava escrito. A senhora que fez a afirmação disse que não sabia onde se encontrava a passagem bíblica sobre a proibição, porém estava escrito com certeza. A moça exigiu que ela falasse, até por que esposa de pastor sabe tudo de bíblia, mas está parte, justamente esta, ela não lembrava. O burburinho começou e outra mulher da platéia perguntou assustada com olhos arregalados:

- Então sexo anal é pecado também?

A confusão estava formada. Não sei como a última pergunta foi respondida, mas fica o aprendizado: quando quisermos justificar algo que acreditamos, ou não, seja a baboseira que for, basta dizer que está escrito na bíblia, depois é torcer para não aparecer um chato e questionar.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Considerações religiosas, parte 1

Que eu saiba ninguém gosta de puxa-sacos, se somos a imagem e semelhança de Deus imagino que Ele também não os suporte. O que mais vemos nas religiões são hordas de bajuladores que deveriam levantar seus bumbuns das cadeiras e partir para o que realmente interessa, a prática do amor.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Recordar em dia de chuva também é viver, parte II



Por coincidência hoje está chovendo, resolvi novamente recordar nosso passado musical, agora é bem fácil, só buscar as pérolas no youtube. Comecei por Sérgio Sampaio, aquele que cantava “Eu quero é botar meu bloco na rua”. Minha mãe cantarolava está canção, eu gostava. Observando hoje dá para perceber que o Sérgio, falecido em 97, era um daqueles gênios musicais da sua época, boas melodias e letras inteligentes. Fazia parte da safra de Jards Macalé, Luiz Melodia e Raul Seixas. Vale à pena dar uma conferida.
Se a chuva continuar aproveita, abra seu coração, e dá uma olhada também em outros cantores, como Hermes Aquino, Zé Rodrix, com “soy latino americano”, Ruy Maurity e Ronaldo Resedá, que cantava e dançava ritmo de discoteca, são estilos diferentes, mas que com certeza vão trazer boas lembranças.

sábado, 28 de maio de 2011

A cidadela de Carcassonne

Quando pensamos em ir à França logo imaginamos Paris ou Cannes, mas existem outros lugares interessantes, Carcassonne é uma destas cidades.
Descobrimos o local quando procurávamos um lugar diferente para viajar partindo da cidade do Porto. O preço pela Ryanair estava excelente e a estória da cidade parecia bem atrativa. Localizada ao sul da França, Carcassonne possui em sua parte central uma cidadela murada, de arquitetura medieval, construída no alto de um monte.
Existe também outra cidadela bem próxima que se chama Centre Ville, que era uma espécie de apoio para a fortaleza no alto da colina, muito agradável e de pessoas simpáticas. Existe um aeroporto bem próximo que facilita a visita. Os hotéis são bons e baratos se comparados aos preços de Paris.
Um lugar bom para descansar e caminhar muito aprendendo um pouco sobre a Idade Média.  Há visitantes de diversas partes do planeta. Boa oportunidade também para treinar o cursinho de francês ou inglês, as pessoas parecem dispostas a fazer contatos.

Vista da cidadela fortificada de Carcassonne

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Brasileiros pelo mundo

Quando estamos fora do Brasil fica mais fácil enxergar algumas virtudes do nosso povo, e também defeitos. Mas é de uma virtude que vou falar agora.
Andando pelas ruas do centro antigo de Lisboa vemos chineses, africanos, indianos, árabes e outros povos. O interessante é que facilmente identificamos esses grupos, cada etnia é separada, não se mistura com a outra. Ficamos desconfiados deles, dá a impressão de que um grupo não gosta do outro.
Aí é que vem o elogio aos brazucas. Você não vê grupos isolados de brasileiros, estão misturados ao povo local. Brasileiros não formam guetos nem grupos étnicos rancorosos.
Parabéns ao nosso povo que conseguiu se libertar dessa chatice de viver em bandos fechados, que falam somente entre si.
Viva a nós, cidadãos do mundo!

Lisboa, centro antigo (foto de Heloíse Martins)

terça-feira, 3 de maio de 2011

O retorno do rei

Por Fagner Fagundes
Alguns senadores e deputados estão firmes na defesa de um novo referendo para proibição da venda de armas. Como bons políticos, querem ganhar a simpatia da população demonstrando preocupação com segurança pública. Sem entrar no mérito (é assunto para outro post), acho que, se a questão é apenas “jogar para a torcida”, nossos representantes poderiam ressuscitar outra proposta já derrotada nas urnas: a volta da monarquia.

Para quem não lembra (ou era novo, como eu), em 1993 foi feito um plebiscito paradecidir o sistema de governo no Brasil. Os eleitores tinham que escolher o  Regime (Monarquia ou República) e o Sistema de Governo (Parlamentarismo ou Presidencialismo).  A República Presidencialista ganhou com uma grande folga. A apenas 13% dos votantes optou pela monarquia. Talvez o jingle que tinha como refrão “Vote no Rei” não tenha agradado muito.
Mas hoje os tempos são diferentes, e o momento é ideal. O casamento do Príncipe Willian com Kate Midleton reavivou uma simpatia pela monarquia não só no Reino Unido, mas em boa parte do planeta. No caso de uma nova consulta popular no Brasil, a família real brasileira poderia ter uma chance de voltar ao poder. Basta os publicitários responsáveis pela nova campanha trabalharem bem.
Eles poderiam começar destacando que em cada casamento de um príncipe ou princesa seria decretado feriado nacional. Só aí seriam alguns milhares de votos, pois quem não gosta de uma folga? Eles poderiam buscar ainda o apoio dos grandes empresários das comunicações, que poderiam criar ou recuperar suas revistas de fofoca. A “Caras”, “Quem” e “Contigo” iriam declarar guerra em busca de informações exclusivas da realeza. Seria um alento também para os paparazzi, que passariam a monitorar os passos dos nobres descendentes dos Orleans e Bragança, deixando de lado sub-celebridades como os ex-Big Brothers.
Poderia listar ainda vários setores simpáticos que poderiam flertar com a
monarquia, como os donos de lojas de bijuterias que ganhariam vendendo réplicas das jóias reais (principalmente alianças), faculdades particulares que abririam cursos de Especialização em Família Real ou até os fabricantes de charretes, que trabalhariam muito para compor a frota real usada nos eventos.
A idéia está lançada. Será que algum parlamentar em busca de votos vai topar?

sábado, 16 de abril de 2011

Os estranhos seres que povoam do metrô

"O Bunda de garra"
"O Mochiludo"

Quem ainda não andou de metrô não sabe o que está perdendo. É um ambiente único, com características próprias e habitantes bizarros que só podem ser encontrados lá.

Para registrar este habitat particular e seus componentes resolvi listar alguns destes personagens.

A senhora orc – Muito comum. Sua presença é sentida nas horas do rush. São baixinhas, troncudas e risonhas, passam no meio das pessoas arrastando o que estiver pela frente sem o menor pudor. Quando andam em bando o cuidado deve ser redobrado.

O mochiludo – Na prática é um cara que tem uma corcunda enorme que poderia ser facilmente removida se ele quisesse. Mas não, o cara insiste em manter a mochila nas costas, ocupa o lugar de duas pessoas. No metrô cheio se torna bem perceptível e você tem vontade de bater.

O mão frouxa – É um chatinho que não tem força para segurar na barra vertical do metrô. Você está segurando na haste e aí a mão do cara escorrega e “top”... Encosta na sua, você afasta sua mão mais pra baixo e “top”... Logo a mão do sujeito está lá colada na sua novamente.

O corpo fixo – Nossa! Este é um dos mais perniciosos, geralmente fica próximo a porta, fixo como um poste. O corpo dele não se move e você sente que precisa derrubá-lo mas não é tão fácil assim, então você acaba procurando outro caminho.

O bunda de garra – É o ser que segura o ferro vertical com os glúteos, aí ninguém mais pode segurar ali, pois quando a bunda agarra, as costas vêm junto ocupando toda a extensão da barra. A solução é cutucar com o dedo pra ver se o indivíduo se manca.

O vacilão – Indeciso em sua essência, você vai se irritar com ele. O cara fica parado esperando o metrô chegar bem onde vai abrir a porta, você está logo atrás. Quando o vagão abre a porta o cara para e simplesmente não sabe pra onde vai. Nestes segundos de catatonia todos os bancos já foram ocupados e você vai ficar em pé e com muita mágoa, é claro.

O inconveniente – Este é o chato curinga. Está em toda parte e não possui inteligência social. Ele sempre chega depois de você. Para colado na gente mesmo tendo espaço de sobra, se fixa nas passagens e amassa seu rosto com o braço ainda que exista um monte de lugar para segurar. A sorte é que tem espaço, aí você procura outro canto.

A tropa de choque – Na verdade é uma parede orgânica formada por corpos fixos, muito difícil de ser vazada. Formam um bloqueio na porta do vagão e você não consegue sair ou entrar no metrô. A tropa de choque aparece em algumas estações pontuais e na hora do rush. Senhoras orcs também podem aparecer compondo este paredão impenetrável.

O sonolento ou cara-de-pau - Este é aquele sujeito que senta no banco reservado para pessoas com necessidades especiais, grávidas, crianças de colo e velhinhos. Logo que sentam começam a cochilar como se ninguém percebesse que estão fingindo. Tem uns que até babam para parecer real, é aquele tipo de cara que quando faz barba sai serragem.

Se você já identificou algum tipo que não está listado aqui mande sua sugestão nos comentários. Colabore com este levantamento cultural e antropológico.


quarta-feira, 6 de abril de 2011

A coragem de denunciar

Quem assistiu ou acessou o noticiário desta segunda-feira deve ter visto o caso da mulher que denunciou, em tempo real, uma execução cometida por policiais militares dentro de um cemitério na cidade de Franco da Rocha. O caso, ocorrido em março, só tornou-se público com a divulgação do áudio da ligação.

http://g1.globo.com/videos/bom-dia-brasil/v/mulher-presencia-execucao-feita-por-pms-e-liga-para-policia-em-sao-paulo/1477247/#/Edições/20110405/page/2

Rapidamente a mulher tornou-se exemplo de cidadã corajosa. Os comentaristas em rádios, jornais e TVs, além de enaltecerem a figura da senhora, que estava no local visitando o túmulo do pai, aproveitaram para criticar a maioria dos cidadãos que não tomam o mesmo tipo de atitude e fogem de responsabilidades até mais simples, como servir de testemunha em uma ocorrência policial ou em um acidente de trânsito.

Mas um pequeno detalhe da matéria passou despercebido pelos nossos homens da mídia: a denunciante teve que entrar em um programa de proteção a testemunhas. Quem conhece este tipo de proteção, sabe que o delator precisa passar por uma mudança completa de vida, deixando sua residência, trocando de cidade, e, dependendo da situação, tendo inclusive que trocar de identidade.

Tento imaginar a situação atual da denunciante: estaria ela, agora que está privada de sua rotina, arrependida pela denúncia? Pela firmeza que demonstrou no telefone, inclusive desafiando um dos envolvidos no crime, acho que não. O que não acho correto são os jornalistas, protegidos em seus estúdios, criticarem o resto da população que não toma atitudes semelhantes. O elogio à atitude corajosa é extremamente válido, mas não se pode generalizar a crítica. Existem em nosso país milhares de testemunhas de atrocidades cometidas pelos diversos tipos de criminosos, fardados ou não.

Seria absurdo dizer que aqueles que não denunciam compactuam com o delito cometido. Na verdade, a maioria teme pela sua segurança e de suas famílias, pois sabem que por aqui o criminoso sempre larga em vantagem, tanto pela demora na ação das autoridades policiais como pelo nosso sistema judicial que, com suas brechas e progressões de regime, devolverá em pouco tempo o delinqüente às ruas.
  
É por isto que, ao mesmo tempo em que aplaudimos a postura da denunciante, temos que entender quem não tem a mesma coragem, além de torcer para que o tempo mude as nossas instituições e nossa justiça.

Fagner Fagundes
Twitter: @fagnerfagundes

sábado, 2 de abril de 2011

Seu chefe, seu carrasco


Algumas coisas a gente ouve desde muito cedo. Uma delas é o que dizem sobre aqueles que adquirem o poder. Existe o mito de que quem ganha uma função de chefia muda da água para o vinho, e, a partir deste momento, realmente saberemos quem é aquela pessoa. Um grande equívoco, mais um chavão que as pessoas ouvem e repetem sem refletir.

Somos o que somos. Não nos transformamos sem mais nem menos só por que passamos a ter alguém subordinado a nós. É muito comum pessoas que têm sede de poder puxarem saco de quem está acima deles e serem crueis com seus subordinados. Estes costumam chegar bem alto na carreira. Não quer dizer que mudaram: se você observar vai ver que apenas seguiram seu caminho natural. Pode ser que a nova situação apenas tenha lhes realçado algum traço de caráter.

Esse fato se tornou uma verdade tal que, em alguns casos, independe como aquele que contraiu uma chefia age: ele será um babaca que mudou quando assumiu o poder. As pessoas já estão doutrinadas, é como se fosse uma lei da natureza. Esta forma de agir, senso comum, me faz pensar que na verdade apenas o que muda é o conceito de quem compra esta ideia sobre o que assume a liderança.

Já tive chefes bons e ruins. O bom a gente valoriza e apoia, o ruim a gente espera o tempo passar que ele se vai. Fico feliz quando algum amigo se torna meu chefe. Até hoje não vi nenhum mudar por que virou o comandante. É um prazer trabalhar ao lado de um amigo, não estou nem aí pra esse papo de que se é chefe temos que hostilizar.

Se a regra é abominar o chefe, imagino que a contrapartida seja o chefe maltratar sempre o subordinado, o que seria insano. Não somos obrigados a seguir este padrão.

Precisamos nos libertar dos pensamentos de massa, são fáceis de seguir, mas tem preço alto. Nosso povo se acostumou ao paternalismo, daquele que comanda se espera um comportamento de pai, do subordinado um filho que precisa de castigo. Esta relação nefasta está ultrapassada e precisa ser erradicada de nossa sociedade.


sexta-feira, 25 de março de 2011

Remexendo o passado

Estava folheando em uma agenda velha e achei esta simples poesia que escrevi por volta de 1995. Achei o conteúdo interessante.
O Futuro

O futuro chegou
As coisas não mudaram muito
O sol é o mesmo
As pessoas são outras
mas parecem as mesmas, não assustam
Acho que está mais quente
No fundo ainda sou o mesmo,
com alguns acessórios

terça-feira, 22 de março de 2011

Entrando no time

Todos sempre tivemos opiniões. A diferença é que antigamente alguns poucos monopolizavam o acesso às ferramentas para tornarem elas públicas. Até chegar esta tal Internet...

Nem preciso ficar aqui elogiando muito, pois se você está lendo este texto já deve conhecer boa parte das maravilhas (e das armadilhas) da grande rede.

O que não pode deixar de ser destacado é justamente o fato de a Internet  estar aí disponível para receber e tornar pública as opiniões, comentários e textos daqueles que têm algo legal para expressar, caso do criador-proprietário deste blog.

Ele me deixou bastante honrado com o convite para integrar o time do “Vou no Popular”, com participações esporádicas aqui no blog. Resolvi aceitar o desafio e prometo me esforçar para agradar aos leitores que gostam de jogar conversa fora e de papo reto.

Por: Fagner Fagundes
Twitter: @fagnerfagundes

sexta-feira, 18 de março de 2011

Bruna Surfistinha

Assisti ao filme, sem grandes pretensões, e gostei. Não é como aqueles filmes de comédia romântica da Globo que tanto agradam aos meus compatriotas, que na sua maioria falam mal do cinema que eu gosto, aquele da década de 70 e 80. Lembro aqui de alguns inesquecíveis como Bye Bye Brasil, Chica da Silva, Quilombo, Amor Bandido, O Beijo no Asfalto, Bar Esperança e tantos outros... Bons tempos.
Mas vamos ao filme. Conta a história de uma prostituta, portanto não vá ao cinema esperando cenas bucólicas e palavras doces. Tem cenas de sexo velado e palavrão, mas sem apelar.
Conheço pouco o trabalho da Débora Secco, mas achei que ela vai bem no papel.
Vi muita gente comentando que o filme incentiva a prostituição, o que acho uma grande besteira, pois é uma obra biográfica, como dito antes, sobre uma prostituta.
Li uma chamada do filme que recomendava ir ao cinema sem preconceitos. É isso aí, se você é um chato intolerante do tipo casto não vá! Pra você eu recomendo assistir a história insossa da curta vida de um cantor pop chamado Justin Bieber.

quinta-feira, 17 de março de 2011

Resultado da enquete

A pesquisa está encerrada. Do total de 38 votantes, 89% decidiram jogar o advogado ao mar. Fico surpreso, pois há outros conhecimentos profissionais elencados pela pesquisa* bem menos valorizados pelas pessoas no dia a dia. Parece que na hora do aperto caímos na real e as fantasias perdem a importância.
Hoje no Brasil há uma procura exagerada para cursar Direito. A nossa sociedade paga os maiores salários do funcionalismo público para pessoas desta formação. São juízes, procuradores, promotores, delegados e outros tantos. Prefiro chamá-los de advogados para ficar mais prático.
Precisamos parar pra pensar no que estamos investindo. Em nosso mundo de fantasias, o que vivemos normalmente, costuma-se inverter valores e acaba-se colocando o Direito como superior às outras profissões. As pessoas são facilmente iludidas pelas vestimentas impecáveis, palavras complicadas e postura arrogante que assumem muitos dos profissionais desta área, que dão a falsa impressão de estarem acima das outros.
Chamam-nos de doutores, querem que seus filhos os sejam quando crescerem, seus salários são invejados, mas quando a situação aperta, como na enquete, simplesmente são jogados aos tubarões. Toda a desproporcional importância vai por água a baixo. Prostitutas, marinheiros, donas de casa, gente de verdade, tem então seu valor restaurado.
Meus caros, toda profissão tem seu lugar, isso sabemos na teoria. Umas são primárias, outras secundárias e algumas terciárias, dependendo da complexidade da sociedade. Advogados não são superiores a outros profissionais e o verso também vale. Cada um na sua. Neste mundo exercemos papéis por uma questão de sobrevivência e organização, apenas isso.

* Além do advogado estavam no balão, Um pescador analfabeto, uma dona de casa, um marinheiro(dois votos), uma prostituta(dois votos), um enfermeiro, um biólogo e uma carpinteiro. A pesquisa ficou 15 dias no ar. 
 




terça-feira, 8 de março de 2011

Enquete

É bem provável que você já conheça algo semelhante a enquete apresentada, mas responda como se fosse a primeira vez.
A história é a seguinte:
Um grupo esta sobrevoando o oceano Pacífico em um balão, mas aconteceu um problema e ele vai cair em pleno mar, a não ser que uma pessoa seja jogada para fora. Com menos um passageiro o balão poderá chegar até uma pequena ilha deserta e o grupo terá uma chance de sobreviver.
Este não é um teste pra verificar valores espirituais. O objetivo é ser prático e jogar ao mar o conhecimento que você menos irá precisar.
Responda quem você vai jogar ao mar na enquete ao lado (abaixo do perfil). Daqui a duas semanas teremos o resultado.

sábado, 5 de março de 2011

Manual do babaca

Nada melhor do que uma festa de trabalho pra revelar o babaca interior.

Estava numa festa dessas quando vi chegar à mesa um pavê, antes que algum colega se manifestasse tratei de bancar o Mané soltando a piada infame “é pavê ou pra comer?”. Depois expliquei pra todos os presentes que fiz aquilo pra evitar que algum colega se expusesse com essa conversa besta, por isso fiz o sacrifício.

Acabei de fazer minha exposição quando entrou um colega incauto que eu havia esquecido de contabilizar. Não demorou para ele ver o pavê e dizer,  pra todo mundo ouvir, “é pavê ou pra comer?” Um constrangimento geral.

Por causa deste fato comecei a pensar nas babaquices prontas que ouvimos no dia a dia, são aquelas frases de efeito que nos provocam aquele sorriso amarelo, ninguém mais acha graça, mas elas continuam surgindo da boca de algum amigo que quer ser engraçado.

Vou citar algumas dessas expressões que já ouvi repetidas vezes:
Tem aquela que dizem quando chegamos ao trabalho e falamos que já almoçamos, aí o cara fala “ih, já veio comido de casa”.

Quem se lembra daquela do barbeiro? Na verdade são duas frasezinhas “Já sei, você disse capricha e ele entendeu pra bicha”; “você pediu pro barbeiro abaixa na frente e pica atrás”.

Você está na caixa eletrônico retirando dinheiro e o cara diz “não vai tirar tudo, deixa um pouco pra mim”. Podre! Vale também pra quando você está bebendo água em bebedouro.

“Onde você comprou esta roupa tinha pra homem?”, esta é pra quando você põe aquela roupa nova, crente que está abafando.

E tem aquelas perguntas capciosas “que time é teu?”, ou quando a gente pergunta se vai tudo bem o cara responde “não como você, mas vou labutando”.

E por aí vai um monte de besteiras, são muitas. Dá pra escrever um manual de como se comportar babacamente com as palavras, e quem sabe o interessado consiga uma boa aceitação social, também se não conseguir “tem culpa eu?”

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Você acredita em Deus?

Outro dia me perguntaram se eu acreditava em Deus. Respondi que acredito até o dia em que Ele me contar uma mentira.
Quando eu era garoto tinha um amigo chamado Beto que sempre contava mentiras. Quando alguém afirmava algo como “não acredito em fantasmas” eu logo dizia “não acredito no Beto”.
Uma pessoa só não acredita em alguém quando o conhece muito bem, portanto um indivíduo que não acredita em fantasmas, duendes ou Gnomos na verdade sabe que eles existem mais do que ninguém, o problema é que em algum momento tiveram uma decepção por ouvir deles uma lorota.
Quem se lembra daquele adesivo da Xuxa que dizia “eu acredito em gnomos”? Alguma coisa eles disseram que conseguiram convencê-la de que não eram mentirosos.
Enfim, acho que estes seres são como todo mundo, algumas vezes mentem e outras falam a verdade, menos o Beto que, pra mim, sempre mentia.

 

Ainda não sei se devo acreditar nos anões de jardim que puseram aqui no condomínio.
Até hoje não disseram nada.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Conversa no metrô

Um dia destes estava no metrô do Rio de Janeiro, era uma manhã quente e o vagão se encontrava lotado. Entre os passageiros estavam duas mulheres conversando, como se estivessem na sala de suas casas, uma falou pra outra:
- Eu estava parada no sinal de trânsito quando uma menina veio me pedir um trocado. Eu falei pra ela ir lá em casa lavar uma louça que eu dava o dinheiro pra ela. Não é que a menina virou as costas e foi embora.”
Assim ela contou sua estória, em voz alta, convicta que estava abafando, como se proferisse algo de muita sabedoria. Foi aí que um homem, encravado no meio da multidão apertada, resolveu entrar no assunto e retrucou:
- Se a menina concordasse em entrar no seu carro para lavar sua louça, a senhora ia colocar ela pra dentro e levar para sua casa?
A mulher, indignada com a intromissão, respondeu:
- A conversa ainda não chegou na cozinha!
Começou então uma vaia geral. Outro passageiro entrou na discussão:
- Falar é fácil, quero ver levar a menina pra casa
A plenária estava aberta. A viagem se tornou divertida e passou rapidinho.
Moral da estória: Quando você ouvir alguma baboseira e achar bonito, não saia por aí repetindo em voz alta no meio da multidão sem antes refletir. Corre o risco de aparecer alguém inesperadamente e destruir seu fraco argumento clichê. A vergonha será inevitável.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Quanto tempo da vida eu levo para ser feliz

Este é o título da peça teatral que assisti no último domingo, 13. Resolvi comentar o espetáculo porque o argumento coincide com algumas coisas que tenho pensado ultimamente.
A peça retrata a estória de duas famílias de classe média que, vistas por uma lente de aumento, sofrem com problemas que são comuns a muitos de nós humanos. Os conflitos apresentados na trama fazem cair por terra o mito de que “a grama do vizinho é mais verde”.
Há algum tempo já comprovei que todos neste planeta passamos pelas mesmas mazelas. Não há família perfeita nem pessoas sem problemas. Há sempre uma doença, um parente “chave de cadeia”, um desemprego, uma separação, um emprego ruim ou qualquer outra coisa que vai nos tirar a paz.
Hoje penso que para cada momento de prazer na vida você tem cinco de pesar. Por exemplo, considero dar um mergulho no mar um grande prazer, como moro em Brasília, para conseguir isso preciso comprar uma passagem aérea, enfrentar fila no guichê, atraso do avião, procurar hospedagem, passar protetor solar, e por aí vai.
A vida não existe para sermos felizes, tem outro objetivo, mas não este. Como diz a música de Odair José “não existe felicidade, o que existe são momentos felizes”.
Esse papo de que precisamos perseguir a felicidade é propaganda para consumirmos. Querem nos fazer crer que podemos atingir a plenitude da vida adquirindo bobagens. É por conta desta busca por ser feliz que embarcamos em teologias furadas, como a da prosperidade, que pregam que o sentido da vida é conquistar bens materiais.
Este comentário é para reflexão, não quer dizer que eu seja pessimista, ou depressivo, muito pelo contrário. Estou bem animado para curtir os momentos felizes e nos momentos difíceis vou tentar ter paciência. Uma coisa que realmente pode dar prazer à vida é ajudar nosso próximo. As relações humanas são preciosas e nos dão grande prazer.
A peça esta em cartaz até 27 de fevereiro, de quinta a sábado, às 21h, e domingo, às 20h, no Centro Cultural Banco do Brasil (SCES Trecho 02, lote 22; 3310-7087). Ingressos: R$ 15 e R$ 7,50 (meia). Não recomendado para menores de 14 anos.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Canções do Exílio, no Canal Brasil

Tive o prazer de assistir, na última quarta-feira, ao segundo capítulo da série Canções do Exílio, que foi exibido no canal Brasil. Lamento por não ter tido conhecimento com antecedência sobre o programa, mas tenho a esperança de que será repetido em breve. Foi exibido em três capítulos nos dias 8, 9 e 10 de fevereiro.
Na série, dirigida por Geneton Moraes Neto, Caetano Veloso e Gilberto Gil relatam fatos do exílio durante a ditadura militar no Brasil. Participam também Jards Macalé e Jorge Mautner .
No capítulo a que assisti, Caetano revela fatos inéditos sobre o tempo que morou em Londres e sua volta ao Brasil, com autorização do governo militar.
Muito bom para conhecermos um pouco mais da história do Brasil contemporâneo, contada de uma forma atraente e irresistível.
Este é o link da chamada do programa: http://canalbrasil.globo.com/cancoesdoexilio

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Você também é uma ilha?

Tenho um amigo que se gaba em dizer que é uma ilha
Já conheceu alguma pessoa que diz não se envolver com gente dos lugares que freqüenta?
Vou explicar melhor, pois eu já tive a oportunidade de encontrar pessoas assim. Aqui em Brasília tem um montão delas.
São indivíduos engraçados, se você diz pra eles que tem amigos na academia de ginástica, por exemplo, eles reagem dizendo que não gostam de fazer amizade com gente de academia. São várias as justificativas para não entrar em contato, “são pessoas vazias”, “só pensam no corpo”, e outras abobrinhas mais.
De repente você convida o mesmo sujeito para uma reunião de lazer com os membros do condomínio. Ele diz que prefere não se envolver com vizinhos, pois podem acabar por se meter na sua vida e invadir sua privacidade.
Aí você começa a ficar curioso e quer saber se ele prefere se relacionar com pessoas da igreja que freqüenta, colegas de trabalho, ou a família. Para surpresa nossa ele justifica, para cada uma instituição, por que não gosta de manter relacionamento. “O povo da igreja é muito fofoqueiro. Não gosto de confundir trabalho com vida pessoal. Família só trás problemas, melhor ficar longe”.
Imaginamos que este sujeito deve ser uma daquelas pessoas que não sai do bate papo da internet. Descobrimos então que não, ele detesta conversar pelo computador, pois acha que lá as pessoas são degeneradas. Não sobra opção, com quem o infeliz se relaciona?
Não sei a fundo o motivo desse estranho comportamento, talvez seja influência de revistas semanais, individualismo, tendência atual de comportamento, ou simplesmente medo.
Mas a verdade é que as pessoas que estão nas academias, condomínio, trabalho, igreja, boate, barzinho, família ou internet, são gente como todo mundo. As pessoas não são exclusivas destes locais ou instituições, muito menos tem personalidade atrelada ao local que freqüentam. Besteiras desse tipo acabam virando chavão, comentário sem a menor reflexão.
Um dos maiores prazeres da nossa existência é se relacionar com o próximo. Não podemos esquecer que estamos todos no mesmo barco, somos farinha do mesmo saco, portanto aproveitemos o que a vida nos dá de melhor.

domingo, 6 de fevereiro de 2011

A Cama Na Varanda

Título: A Cama Na Varanda, arejando nossas idéias a respeito de amor e sexo
Autor: Regina Navarro Lins
Editora: Rocco









O Livro da psicanalista e sexóloga, Regina Navarro Lins, é bem interessante e nos leva a refletir sobre os valores do amor romântico, da sexualidade e do casamento que conhecemos em nossos dias.

A autora faz um histórico dos relacionamentos sexuais humanos para entendermos o nosso comportamento atual. Podemos até discordar de algumas colocações, porém muitas têm bom fundamento e com certeza vamos repensar opiniões.

A obra confronta a realidade da nossa condição humana com o tão sonhado amor romântico e fala dos prejuízos que ele pode nos causar. Homens e mulheres que sonham com relacionamentos ideais, que vão para o casamento e com o passar do tempo ficam com a sensação de ter casado com a pessoa errada. Elas partem então para uma busca sem fim da almejada cara metade, quando não, permanecem muitas vezes infelizes ao lado de quem não querem mais, por uma imposição que nem mesmo conseguem distinguir ou identificar.

Uma consideração que a autora faz, e que achei curiosa, é que o peso da cultura e dos costumes sobre nós faz com que vivamos uma vida sexual miserável. Algo a se pensar.

A culpa, o preconceito, a religião, o patriarcalismo, e outros conceitos vão entrar nesta empolgante discussão.

O livro teve nova edição em 2006, pela editora Best Seller, com uma versão revista e ampliada, onde se acrescentam as novas tendências do comportamento sexual humano.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Mi Buenos Aires Querido

Visitamos Buenos Aires pela primeira vez. Aproveitamos também o bom momento por que passa o Brasil. Como já possuíamos algumas informações sobre a cidade, não tivemos grandes surpresas ao conhecê-la.
A novidade ficou por conta do custo de vida. Muita gente falou das vantagens do câmbio e do Real mais forte, mas não é bem assim. Penso que quem veio nos primeiros dias de peso mais fraco teve algum benefício, mas parece que agora os argentinos estão vacinados. Eles identificam e param os brasileiros perguntando se estamos procurando couro, tango ou suvenires, tudo a preço de Brasil.
A alimentação chega a ser mais cara que em terras brasileiras. Você pede uma “pechuga”, como eles chamam o filé de peito de frango, sem acompanhamento, e paga em média 48 pesos, com o real valendo dois pesos seriam 24 reais.
A água é um pouco salobra e o preço muito salgado. Uma garrafa de 500 ml pode custar até oito pesos, cerca de quatro reais.
Para não dizer que tudo é pela hora da morte, o taxi é bem em conta, mais barato que em qualquer estado brasileiro.
Outro problema é que ir a Buenos Aires ficou badalado, isso atrai muitos brasileiros, todo tipo de pessoas. Você se torna mais um no grande bolo, o que pode ser desconfortável.
É claro que há muitas coisas legais pra visitar. Destaco o cemitério da Recoleta, belo pelo seu rico acervo artístico e Porto Madeiro, com seus restaurantes com vista para os diques do Rio da Prata. O Show de Tango também vale à pena, embora seja preparado para turistas brasileiros.
Outro lugar legal de visitar é a Rua do Caminito, com suas casas coloridas, é um local turístico no bairro La Boca, periferia de Buenos Aires, por isso mais popular.  
Quem gosta das feirinhas de arte locais não deve deixar de visitar a da Recoleta aos domingos.
O passeio pela capital Argentina ainda compensa, pela beleza da cidade e pelo enriquecimento cultural que nos acrescenta, mas se você puder esperar o boom turístico de brasileiros, pode aproveitar pra conhecer outros países menos badalados da America latina.
  
Cemitério da Recoleta
O Caminito e suas casas coloridas



O caminito


  
Feira da Recoleta (fotos de Heloíse Martins)


 

domingo, 16 de janeiro de 2011

Está de volta o Big Brother Brasil

Já está rolando o Big brother Brasil 11, as pessoas comentam nas ruas. Está cheio de novidades. Pelo que ouvi, tem travesti, modelos femininos e masculinos, gente chata e gente legal, sexo velado embaixo do edredom, enfim, tudo pra ser mais um sucesso de audiência.
O mais intrigante neste programa é que se repete há 11 anos e os jogadores ainda cometem os mesmos erros. Chegam com as mesmas convicções equivocadas que eliminaram os participantes anteriores, como se nunca tivessem assistido as outras versões.
Deve ser mesmo muito legal de assistir, mas não to afim. Próximo!

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Matéria lamentável do Fantástico tenta provar que brasileiro é incompetente

Domingo passado foi veiculada no Fantástico, revista eletrônica da Globo feita para o povão, uma reportagem sobre uma bagagem recheada com uma replica de fuzil, um saco de açúcar e um punhado de notas de dinheiro cenográfico. A mala foi despachada em vários aeroportos dentro do Brasil sem ser vistoriada. Parecia que a idéia era dar a impressão de total descaso das autoridades responsáveis, mostrando que nosso sistema de segurança não está preparado para Copa e nem Olimpíadas.
Na verdade, como diz a própria reportagem, não há obrigação por lei de se revistar bagagem em vôo doméstico. Então qual seria o objetivo da matéria? Será que tinha um alvo específico? Estas coisas de teoria da conspiração.
Agora imaginem esta reportagem veiculada em outro país... Que vergonha pra nós, uma exposição gratuita, só para reforçar o que alguns brasileiros pensam sobre nosso povo: incompetente, preguiçoso e inferior.
O Bom Dia Brasil do dia seguinte ainda insistiu na matéria, com direito a um daqueles comentários nefastos do Alexandre Garcia, onde ele dizia que nos EUA isso jamais aconteceria, pois lá a fiscalização é realizada com uso de tecnologia e outras besteiras mais. Ele esquece que nos EUA o camarada não precisa levar arma em vôo doméstico, ele pode comprar material bélico em qualquer botequim ou banca de jornal.
O Alexandre também cita a Europa dizendo que ele duvida que lá seja assim. O pior é que é, e ele deveria saber disso, ou será que nunca viajou por lá? Ôh povo besta o nosso!
Sobra concluir que não passa de uma matéria maldosa, Inócua e muito cara, pois o repórter fez pelo menos umas 20 viagens dentro do país.

sábado, 8 de janeiro de 2011

Eu na posse da primeira mulher presidente do Brasil

Esta é a grande vantagem de morar em Brasília. Já que aqui não tem praia, a gente vai à posse.