Quando eu era garoto, existia um quadro do Jô Soares na TV em que o protagonista resumia conversas longas e cheias de rodeios em uma só palavra que dizia tudo, sempre introduzida por "vou no popular". A idéia deste blog é ser claro nas opiniões. Vamos falar também de filmes, músicas, livros ou qualquer trabalho que valha a pena comentar.



sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Vai-se o Lula, é a vez de Dilma

Luiz Inácio Lula da Silva está saindo de cena. Cumpriu seu papel, conduziu bem o Brasil, que hoje já não é uma pátria tão desimportante. A nação apareceu no contexto mundial, renasceu como economia forte. O país melhorou, não há dúvida. Nosso povo gasta mais, viaja mais, tem mais orgulho de sua nacionalidade.
A corrupção emergiu enfim, um fato considerável para um país onde a corrupção é endêmica, faz parte do cotidiano do brasileiro desde que o Brasil é Brasil. Tivemos a deliciosa oportunidade de ver juízes, políticos e ricos serem algemados. Cresci ouvindo que estas pessoas eram intocáveis, não entendia o porquê e também não aceitava.
Nem tudo são flores, ainda não foi feita aquela tão sonhada revolução no sistema educacional. Nossa infra-estrutura é obsoleta, estamos mal de malha viária, os aeroportos já não comportam mais tanta gente. Tem reforma tributária e política que precisam ser feitas. Mas vamos caminhando, a passo de formiga, é assim na nossa democracia.
Estou torcendo pela Dilma, tem tudo pra dar certo. Se ela resolver as pendências ou pelo menos iniciar este processo será uma evolução positiva, estaremos caminhando pra frente. Que realmente tenhamos um Feliz Ano Novo e que os próximos quatro anos sejam de muita prosperidade.

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Concurso público, Direito e muita cafonice

Hoje ouvi duas mulheres no metrô falando em fazer concurso público, entendi que as duas cursavam Direito, o que não me espanta, num país onde 70% da população estudantil procura esta carreira.
Já faz tempo que o tal concurso público é a grande aspiração da classe média. Eu entendo que é um negócio seguro, mas me diga, há algo mais cafona que o sujeito te dizer que a grande solução pra vida e prestar concurso público? A coisa fica mais clichê quando o cara sugere que você precisa cursar direito porque te abre um leque de opções pra concurso.
Agora imagina um país em que mais da metade da população é formada em Direito, não tem como não ficar limitado. O nível dos profissionais fica comprometido, com bacharéis sem nenhuma aptidão. O governo ainda incentiva essa turma com os salários mais altos do funcionalismo público, sem o menor fundamento.

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Páginas da Revolução

Título Original: Sostiene Pereira. No Brasil: Páginas da Revolução
Ano de lançamento (Portugal, França, Itália): 1996
Tempo de Duração: 104 minutos
Direção: Roberto Faenza
Pereira (Marcello Mastroianni) é um jornalista viúvo e acomodado, que já não acha sentido para viver. Contrata um rapaz (Stefano Dionisi), militante político e cheio de vida, para trabalhar no caderno de cultura do jornal Lisboa. O jovem é contra a ditadura de Salazar em Portugal, e muda a vida de Pereira. A história se passa pouco antes do início da segunda guerra mundial.
Um bom filme pra se conhecer um pouco da história de Portugal, que viveu 36 anos sob o totalitarismo de Salazar (1932-1968). Muito legal o trabalho de Mastroianni, um dos últimos do ator. Ótimo filme também pra quem não agüenta mais aqueles efeitos especiais chatíssimos das produções americanas, carregadas de fórmulas pra agradar o povão.

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

A revista Veja e meus tempos de adolescente

Vou abrir as postagens comentando sobre a Veja desta semana. A publicação trata o presidente Lula com total desrespeito, penso que todo veículo tem lá suas preferências, mas na Veja a coisa é pessoal mesmo. Faz-me lembrar quando eu era adolescente e escrevia para um jornal de um grupo da igreja que eu frequentava, não tinha muita responsabilidade, escrevia o que julgava certo. Hoje vejo quantas besteiras produzi. Quem sabe a Veja também não evolua um dia, por enquanto tá díficil de ler. Antes que questionem por que li a revista, quero explicar que estava na casa de um amigo e resolvi dar uma folheada no semanário.