Quando eu era garoto, existia um quadro do Jô Soares na TV em que o protagonista resumia conversas longas e cheias de rodeios em uma só palavra que dizia tudo, sempre introduzida por "vou no popular". A idéia deste blog é ser claro nas opiniões. Vamos falar também de filmes, músicas, livros ou qualquer trabalho que valha a pena comentar.



sexta-feira, 25 de março de 2011

Remexendo o passado

Estava folheando em uma agenda velha e achei esta simples poesia que escrevi por volta de 1995. Achei o conteúdo interessante.
O Futuro

O futuro chegou
As coisas não mudaram muito
O sol é o mesmo
As pessoas são outras
mas parecem as mesmas, não assustam
Acho que está mais quente
No fundo ainda sou o mesmo,
com alguns acessórios

terça-feira, 22 de março de 2011

Entrando no time

Todos sempre tivemos opiniões. A diferença é que antigamente alguns poucos monopolizavam o acesso às ferramentas para tornarem elas públicas. Até chegar esta tal Internet...

Nem preciso ficar aqui elogiando muito, pois se você está lendo este texto já deve conhecer boa parte das maravilhas (e das armadilhas) da grande rede.

O que não pode deixar de ser destacado é justamente o fato de a Internet  estar aí disponível para receber e tornar pública as opiniões, comentários e textos daqueles que têm algo legal para expressar, caso do criador-proprietário deste blog.

Ele me deixou bastante honrado com o convite para integrar o time do “Vou no Popular”, com participações esporádicas aqui no blog. Resolvi aceitar o desafio e prometo me esforçar para agradar aos leitores que gostam de jogar conversa fora e de papo reto.

Por: Fagner Fagundes
Twitter: @fagnerfagundes

sexta-feira, 18 de março de 2011

Bruna Surfistinha

Assisti ao filme, sem grandes pretensões, e gostei. Não é como aqueles filmes de comédia romântica da Globo que tanto agradam aos meus compatriotas, que na sua maioria falam mal do cinema que eu gosto, aquele da década de 70 e 80. Lembro aqui de alguns inesquecíveis como Bye Bye Brasil, Chica da Silva, Quilombo, Amor Bandido, O Beijo no Asfalto, Bar Esperança e tantos outros... Bons tempos.
Mas vamos ao filme. Conta a história de uma prostituta, portanto não vá ao cinema esperando cenas bucólicas e palavras doces. Tem cenas de sexo velado e palavrão, mas sem apelar.
Conheço pouco o trabalho da Débora Secco, mas achei que ela vai bem no papel.
Vi muita gente comentando que o filme incentiva a prostituição, o que acho uma grande besteira, pois é uma obra biográfica, como dito antes, sobre uma prostituta.
Li uma chamada do filme que recomendava ir ao cinema sem preconceitos. É isso aí, se você é um chato intolerante do tipo casto não vá! Pra você eu recomendo assistir a história insossa da curta vida de um cantor pop chamado Justin Bieber.

quinta-feira, 17 de março de 2011

Resultado da enquete

A pesquisa está encerrada. Do total de 38 votantes, 89% decidiram jogar o advogado ao mar. Fico surpreso, pois há outros conhecimentos profissionais elencados pela pesquisa* bem menos valorizados pelas pessoas no dia a dia. Parece que na hora do aperto caímos na real e as fantasias perdem a importância.
Hoje no Brasil há uma procura exagerada para cursar Direito. A nossa sociedade paga os maiores salários do funcionalismo público para pessoas desta formação. São juízes, procuradores, promotores, delegados e outros tantos. Prefiro chamá-los de advogados para ficar mais prático.
Precisamos parar pra pensar no que estamos investindo. Em nosso mundo de fantasias, o que vivemos normalmente, costuma-se inverter valores e acaba-se colocando o Direito como superior às outras profissões. As pessoas são facilmente iludidas pelas vestimentas impecáveis, palavras complicadas e postura arrogante que assumem muitos dos profissionais desta área, que dão a falsa impressão de estarem acima das outros.
Chamam-nos de doutores, querem que seus filhos os sejam quando crescerem, seus salários são invejados, mas quando a situação aperta, como na enquete, simplesmente são jogados aos tubarões. Toda a desproporcional importância vai por água a baixo. Prostitutas, marinheiros, donas de casa, gente de verdade, tem então seu valor restaurado.
Meus caros, toda profissão tem seu lugar, isso sabemos na teoria. Umas são primárias, outras secundárias e algumas terciárias, dependendo da complexidade da sociedade. Advogados não são superiores a outros profissionais e o verso também vale. Cada um na sua. Neste mundo exercemos papéis por uma questão de sobrevivência e organização, apenas isso.

* Além do advogado estavam no balão, Um pescador analfabeto, uma dona de casa, um marinheiro(dois votos), uma prostituta(dois votos), um enfermeiro, um biólogo e uma carpinteiro. A pesquisa ficou 15 dias no ar. 
 




terça-feira, 8 de março de 2011

Enquete

É bem provável que você já conheça algo semelhante a enquete apresentada, mas responda como se fosse a primeira vez.
A história é a seguinte:
Um grupo esta sobrevoando o oceano Pacífico em um balão, mas aconteceu um problema e ele vai cair em pleno mar, a não ser que uma pessoa seja jogada para fora. Com menos um passageiro o balão poderá chegar até uma pequena ilha deserta e o grupo terá uma chance de sobreviver.
Este não é um teste pra verificar valores espirituais. O objetivo é ser prático e jogar ao mar o conhecimento que você menos irá precisar.
Responda quem você vai jogar ao mar na enquete ao lado (abaixo do perfil). Daqui a duas semanas teremos o resultado.

sábado, 5 de março de 2011

Manual do babaca

Nada melhor do que uma festa de trabalho pra revelar o babaca interior.

Estava numa festa dessas quando vi chegar à mesa um pavê, antes que algum colega se manifestasse tratei de bancar o Mané soltando a piada infame “é pavê ou pra comer?”. Depois expliquei pra todos os presentes que fiz aquilo pra evitar que algum colega se expusesse com essa conversa besta, por isso fiz o sacrifício.

Acabei de fazer minha exposição quando entrou um colega incauto que eu havia esquecido de contabilizar. Não demorou para ele ver o pavê e dizer,  pra todo mundo ouvir, “é pavê ou pra comer?” Um constrangimento geral.

Por causa deste fato comecei a pensar nas babaquices prontas que ouvimos no dia a dia, são aquelas frases de efeito que nos provocam aquele sorriso amarelo, ninguém mais acha graça, mas elas continuam surgindo da boca de algum amigo que quer ser engraçado.

Vou citar algumas dessas expressões que já ouvi repetidas vezes:
Tem aquela que dizem quando chegamos ao trabalho e falamos que já almoçamos, aí o cara fala “ih, já veio comido de casa”.

Quem se lembra daquela do barbeiro? Na verdade são duas frasezinhas “Já sei, você disse capricha e ele entendeu pra bicha”; “você pediu pro barbeiro abaixa na frente e pica atrás”.

Você está na caixa eletrônico retirando dinheiro e o cara diz “não vai tirar tudo, deixa um pouco pra mim”. Podre! Vale também pra quando você está bebendo água em bebedouro.

“Onde você comprou esta roupa tinha pra homem?”, esta é pra quando você põe aquela roupa nova, crente que está abafando.

E tem aquelas perguntas capciosas “que time é teu?”, ou quando a gente pergunta se vai tudo bem o cara responde “não como você, mas vou labutando”.

E por aí vai um monte de besteiras, são muitas. Dá pra escrever um manual de como se comportar babacamente com as palavras, e quem sabe o interessado consiga uma boa aceitação social, também se não conseguir “tem culpa eu?”