Quando eu era garoto, existia um quadro do Jô Soares na TV em que o protagonista resumia conversas longas e cheias de rodeios em uma só palavra que dizia tudo, sempre introduzida por "vou no popular". A idéia deste blog é ser claro nas opiniões. Vamos falar também de filmes, músicas, livros ou qualquer trabalho que valha a pena comentar.



sábado, 5 de março de 2011

Manual do babaca

Nada melhor do que uma festa de trabalho pra revelar o babaca interior.

Estava numa festa dessas quando vi chegar à mesa um pavê, antes que algum colega se manifestasse tratei de bancar o Mané soltando a piada infame “é pavê ou pra comer?”. Depois expliquei pra todos os presentes que fiz aquilo pra evitar que algum colega se expusesse com essa conversa besta, por isso fiz o sacrifício.

Acabei de fazer minha exposição quando entrou um colega incauto que eu havia esquecido de contabilizar. Não demorou para ele ver o pavê e dizer,  pra todo mundo ouvir, “é pavê ou pra comer?” Um constrangimento geral.

Por causa deste fato comecei a pensar nas babaquices prontas que ouvimos no dia a dia, são aquelas frases de efeito que nos provocam aquele sorriso amarelo, ninguém mais acha graça, mas elas continuam surgindo da boca de algum amigo que quer ser engraçado.

Vou citar algumas dessas expressões que já ouvi repetidas vezes:
Tem aquela que dizem quando chegamos ao trabalho e falamos que já almoçamos, aí o cara fala “ih, já veio comido de casa”.

Quem se lembra daquela do barbeiro? Na verdade são duas frasezinhas “Já sei, você disse capricha e ele entendeu pra bicha”; “você pediu pro barbeiro abaixa na frente e pica atrás”.

Você está na caixa eletrônico retirando dinheiro e o cara diz “não vai tirar tudo, deixa um pouco pra mim”. Podre! Vale também pra quando você está bebendo água em bebedouro.

“Onde você comprou esta roupa tinha pra homem?”, esta é pra quando você põe aquela roupa nova, crente que está abafando.

E tem aquelas perguntas capciosas “que time é teu?”, ou quando a gente pergunta se vai tudo bem o cara responde “não como você, mas vou labutando”.

E por aí vai um monte de besteiras, são muitas. Dá pra escrever um manual de como se comportar babacamente com as palavras, e quem sabe o interessado consiga uma boa aceitação social, também se não conseguir “tem culpa eu?”

3 comentários:

  1. Em tempo de carnaval, acho que seria bastante pertinente incluir na matéria a máxima: "você viu quando a mangueira entrou?" Fantástico!

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  2. Franzini, você parece com um tio meu. Pela frente não parece muito, mas por trás é Tio Melo todinho.
    Hahahaha!!!

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  3. Quando você se torna pai, sempre tem alguém a te dizer: "É o pai mais fresco do ano".

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